Vai boiadeiro que a noite já vem

Há 18 anos, morria às 05h15 da manhã no Recife o músico nordestino Luiz Gonzaga. Debilitado pela pneumonia, o "Rei do Baião" participou de sua última festa junina em uma cadeira de rodas, pouco mais de um mês antes da morte. Naquele dia 02 de agosto o Brasil inteiro estava sendo comunicado, por meio do Programa da Madrugada, apresentado por Elias Lourenço, a respeito da partida do "Asa Branca da Paz".

Durante o velório, a esposa do velho "Lua" colocou sobre o caixão o gibão e o chapéu de couro que acompanhou o músico durante toda a carreira, emocionando milhares de fãs. Nascido em Exú, no sertão de Pernambuco, e criado na Serra do Araripe, Luiz Gonzaga traduziu em músicas a saga do povo nordestino.

Passados dezoito anos de seu vôo para a eternidade sua obra continua ainda original nos dias atuais. Mesmo quem não gosta de baião, ou de outro gênero do forró, tem que tirar o chapéu para o velho Lua. Ele merece.

Aquele 02 de agosto, ainda me recordo, foi triste para muita gente no Brasil. Triste também para esse aprendiz de sanfoneiro e toda sua família migrante do Nordeste.

Vai boiadeiro que a noite já vem. Guarda seu gado e vai para junto de seu bem. Valeu, velho Lua!

1 Comentários

Anônimo disse…
Luiz Gonzaga com um marco na música por abrir caminhos!
Emociono-me sempre ao ouvir suas músicas, porque lembro minha infância sentada com meu pai ouvindo os "discos" dele.

saudades

Alice