Nunca achei que o Felipão, pai do nosso Penta, seria a melhor opção para comandar a seleção ao hexacampeonato de futebol em casa. Sempre o achei superado, previsível e arrogante. Alguns defendiam que ele é "copeiro", que era o melhor técnico para o Brasil. Não era. Aí, colocaram como seu auxiliar técnico o Parreira, pai do nosso Tetra, que pra mim também é um técnico datado. Desculpem a minha opinião, mas é só olhar o comercial do SEBRAE que tem passado nesses últimos tempos, que ali tem uma amostra de melhores técnicos.
No momento da escalação dos 23 selecionados, senti falta de um armador ou de jogadores mais experientes, como por exemplo, Kaká, Robinho, Lucas ou até mesmo o Ganso. Eu até brinquei com os amigos de uma escola em que leciono que não era uma "seleção" dos melhores, mas um "catado" de jogadores que o Felipão teria sobre seu controle. Só assim explicaria Fred e Jô na seleção.
Eu até previ em uma de nossas conversas que se o Neymar se contundisse a seleção já era, porque não temos ninguém para colocar em seu lugar. E um colega me "corrigiu" que isso "jamais aconteceria" pois o Neymar era um "ironman", que nunca se contundiria. Pois bem. Contundiram ele no final do jogo contra a Colômbia. Mas chegamos às semifinais com direito a comoção nacional.
Sem Neymar ou Tiago Silva, a seleção brasileira chegou às semifinais da Copa do Mundo, em sua casa, contra a seleção alemã. A mesma seleção alemã que ganhou de 1 a 0 da seleção francesa nas quartas de finais, precisou da prorrogação para superar a Argélia nas oitavas e empatou com Gana por 2 a 2 na fase de grupos. A mesma seleção que fez 7 a 1 em cima da seleção brasileira no Mineirão. A história todos sabem.
Do time titular que massacrou o Brasil nesta terça-feira, cinco jogadores são do Bayern: Neuer, Boateng, Kroos, Schweinsteiger e Müller. Além dos craques do Bayern, a seleção alemã tem atletas de Dortmund, Real Madrid, Arsenal, Schalke 04 e Lazio. Já o Brasil teve nesta terça-feira em seu ataque o centroavante do Fluminense, o ponta direita do Zenit, da Rússia, e o ponta esquerda reserva do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Tá, pode não haver ligação entre os times que atuam e um torneio de seleções, mas que temos brasileiros jogando em times de pontas e em campeonatos mais concorridos que não estão na seleção, isso não há como negar.
Bom, não deixei de ser patriota porque fiz piadas ou critiquei o fiasco da seleção brasileira de futebol no dia 8 de julho de 2014. Pelo contrário! Até porque, ser patriota é muito mais que torcer pela seleção de futebol, que cantar o hino à capela, que colocar bandeira do Brasil em capôs de carros. As pessoas só tem que entender que futebol é um esporte, que a seleção brasileira é representada por uma empresa que tem seus próprios interesses, que nem sempre são os interesses do país.
É hora de faxina. Obrigado Felipão pelo pentacampeonato. Obrigado Parreira pelo tetra. Segue a vida e agora comecemos nosso detox de tanta overdose de futebol. E o hexa? Deixemos para o futuro, que é o seu lugar. Agora, pra cima deles, Argentina! Rumo ao seu tri, hermanos!
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